quarta-feira, 26 de agosto de 2009

NOSSO LADO MAQUINA...



conteúdo retirado da revista O globo.

Nossa sociedade. Nós. Humanos. Maquinas. Onde nos perdemos? Quando realmente nos encontramos?
Acho que não existe outro período na História onde tivemos tanta liberdade quanto temos hoje, nenhum tipo de repressão, nem oposição a nada. Podemos tanto e essa talvez seja a maior repressão, a maior barreira entre as pessoas.
A sensação de poder fazer o que quiser gera a vontade de fazer tudo ao mesmo tempo. A internet se aproxima da velocidade da luz, nos possibilitando falar com todos, de uma só vez.
Quantidade exorbitante! E a qualidade?
Acho que é mais fácil dizer para muita gente ao mesmo tempo que você esta entrando no carro e indo ao supermercado do que sentar com um amigo e falar do que realmente nos faz bem, e do que nos faz mal. O conceito de nos relacionar está mudando, não sabemos muito bem para onde.
Comecei a pensar seriamente sobre isso no dia em que encontrei pessoalmente um grande amigo que conversava toda noite comigo no Messenger, foi tão estranho.... Na época e pelo tipo de conversa que tínhamos, eu poderia dizer que ele era meu melhor amigo, e de repente nos vimos ali, completamente sem graça, sem saber sobre o que falar então eu dei o primeiro passo e perguntei se ele estava melhor. Ele riu e falou:
- te respondo mais tarde pelo MSN.
Seria mais fácil assim, agente já se conhecia naquele esquema, aquela era nossa relação possível. Era menos assustador lidar com a minha interpretação de suas palavras, do tom de voz que eu imprimia em cada frase, da risada que eu via passando na minha cabeça e que talvez ele nunca tivesse dado. Era a minha relação com a minha imaginação através da sugestão dele.
Imaginem, então, se o twitter promovesse um encontro entre as pessoas que postam mensagens o dia inteiro, dando as coordenadas de cada passos de suas vidas, e seus seguidores que acompanham fervorosamente cada informação. Como seria? O que diriam uns aos outros? Seria confortável saber quem são as pessoas que sabem tanto da sua vida? Que tipo de intimidade é criada entre essas pessoas? Às vezes acho que jogamos essas preciosas informações de nossas vidas à deriva, sem direcionar de verdade pra ninguém.
Preenchemos esse espaço em branco do mundo virtual de nós mesmos e não absorvemos de fato nenhuma informação do outro.
O mundo virtual está diretamente relacionado ao mundo imaginário, e nenhum é de fato palpável. E assim somos cada vez mais livres e mais entocados em nossos planetas particulares, nos privando da troca construtiva com o outro, ficando apenas com a idéia de se comunicar.

Acho que tudo tem dois lados e até mais. Usar a internet para expandir nossas fronteiras, manter contato com pessoas que estão distantes, poder divulgar nosso trabalho para quem tiver interesse é fantástico, é o ápice da democracia, todos nós podemos, não há hierarquia, além de uma serie de outras vantagens. Mas a questão que me inquieta é que ainda somos pessoas que precisam urgentemente voltar a se relacionar com o mundo real, com os gestos reais que vêm do outro, poder reagir de fato a uma ação sincera e espontânea que na verdade já é uma reação da nossa ação de estar ali presente, disposto e disponível.

Falta de tempo é a nossa grande aliada na hora de ter uma desculpa para não podermos nos encontrar, mas tempo é a única coisa que temos nessa vida.

sábado, 22 de agosto de 2009

SUNUNGA POWER!!!...



Iran Santos, nas esquerdas da Sununga.

VACA PARA AFINAR O SANGUE!!


SUNUNGA POWER!!!....



Ubatuba, 22 de agosto de 2009. 7 e meia da matina.
(friaca da porr......)

Hoje a Sununguinha acordou ressabiada...rs, precavidos,
pegamos o equipamento e fomos trabalhar. rs _)_

SUNUNGA POWER !!!.....


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Não tema os erros. Eles não existem.



Bom, hoje é dia 12 de agosto de 2009, lendo umas coisinhas agora cedo, achei uma passagem no livro que de certa forma me chamou a atenção, e assim sendo gostaria de postar... Pode ser?...

Todos nós sabemos como nascem as pérolas. Quando um grão de areia se deposita acidentalmente na concha de uma ostra, encrustando-se ali, a ostra passa a secretar uma quantidade cada vez maior de um muco espesso e homogêneo, que solidifica em camadas microscópicas sobre o corpúsculo estranho, até se transformar numa pedra dura, perfeitamente esférica e lisa, de irradiante beleza. A ostra transforma o grão de areia e a si mesma em algo novo, transmuta a intrusão do erro ou da estranheza num sistema próprio, completando a gestalt de acordo com sua natureza.
Se a ostra tivesse mãos, não haveria pérolas. Como ela é obrigada a conviver com a irritação por um longo período de tempo, a pérola se forma.

Na escola, no ambiente de trabalho, quando aprendemos uma arte ou um esporte, somos ensinados a temer, ocultar ou evitar os erros. Mas os erros têm um valor inestimável. Antes de tudo, um valor como matéria-prima do aprendizado. Se não cometermos erros, provavelmente não chegaremos a fazer nada. Tom Watson, que foi durante muitos anos o chefão da IBM, disse: O julgamento correto nasce da experiência. “E a experiência nasce dos erros de julgamento”. Os erros e acidentes podem ser grãos de areia que se transformarão em pérolas; eles nos oferecem oportunidades imprevistas, são em si mesmo fontes frescas de inspiração. Aprendemos a considerar nossos obstáculos como ornamentos, oportunidades a serem aproveitadas e exploradas.

E pra finalizar, gostaria de pedir desculpas a todas as pessoas as quais cometi e virei a cometer algum erro, e dizer que não foi por mal..rs. E que as vezes agente comete erros sem saber que estamos fazendo-o.

Aah, e eu não sabia como as pérolas nasciam... =(


terça-feira, 11 de agosto de 2009

Homem/Natureza



“Devemos buscar o mesmo tipo de processo em todos os seus campos. Devemos supor que a mesma classe de leis está por trás da estrutura do cristal e da estrutura da sociedade”.
Essa afirmação não é minha, mas de um dos mais ecléticos, ativos e importantes pesquisadores do século passado, Gregory Bateson.

Gregory Bateson, foi antropólogo, biólogo, naturalista, etólogo (estudioso do comportamento), sociólogo e cibernético. Filho do cientista britânico William Bateson, pioneiro da genética, foi um dos mais importantes estudiosos de organização social do século XX. Praticamente em todas essas disciplinas a que se dedicou, deu uma contribuição transcendental e inovadora. Parte importante do seu pensamento se encontra em seus livros “Passos para uma ecologia da mente” (1972) e “Espírito e Natureza” (1970),. Antes de se tornar expoente da contracultura, nos anos 60, nas décadas de 20 e 30 ocupou-se de antropologia, em Bali, e ajudou a fundar a ciência cibernética. Especialista, também, em Teoria da Comunicação, uma das suas teses mais polêmicas, controvertidas e famosas é a que garante ser possível, ao homem, a comunicação direta e inteligente com qualquer animal, desde que consiga interpretar (e reproduzir) corretamente a sua “linguagem”.

Nos esquecemos, quase sempre, de que somos meras partes integrantes da natureza, e não seus senhores, como achamos, com soberania e arrogância. A cada espécie que destruirmos, mesmo que nos pareça inútil e dispensável, estaremos contribuindo para o desequilíbrio natural deste nosso restrito “mundico”.

Os recursos do Planeta não são infinitos, inesgotáveis, como equivocadamente pensamos. O próprio solo, por mais fértil que pareça ser, se exaure e perde a sua fertilidade em pouco tempo, caso não seja utilizado de forma moderada, equilibrada e racional. Sem se dar conta, o homem continua semeando desertos por onde passa. Até quando?!!! Só Deus sabe.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Antes de começar o meu blog gostaria de dizer que ...

Improvisar não é fazer “qualquer coisa”; a improvisação pode ter o mesmo sentido de estrutura e totalidade de uma composição planejada. Mas existe uma fase em que se pode fazer qualquer coisa, experimentar sem medo das conseqüências, ter espaço para criar sem medo de criticas, para poder trazer o material do inconsciente sem censurá-lo de antemão.
Podemos tentar coisas e jogá-las fora quantas vezes forem necessárias; disseram certa vez que o valor de um artista é medido pelo numero de vezes que ele joga coisas fora. A natureza, a grande criadora, está sempre jogando coisas fora. A rã põe vários milhões de ovos de uma vez. Apenas algumas dúzias se tornarão girinos, e apenas uns poucos se tornarão rãs. Podemos permitir que nossa imaginação e nossa prática sejam tão pródigas quanto a natureza.

"Stephen Nachmanovitch"