terça-feira, 11 de agosto de 2009

Homem/Natureza



“Devemos buscar o mesmo tipo de processo em todos os seus campos. Devemos supor que a mesma classe de leis está por trás da estrutura do cristal e da estrutura da sociedade”.
Essa afirmação não é minha, mas de um dos mais ecléticos, ativos e importantes pesquisadores do século passado, Gregory Bateson.

Gregory Bateson, foi antropólogo, biólogo, naturalista, etólogo (estudioso do comportamento), sociólogo e cibernético. Filho do cientista britânico William Bateson, pioneiro da genética, foi um dos mais importantes estudiosos de organização social do século XX. Praticamente em todas essas disciplinas a que se dedicou, deu uma contribuição transcendental e inovadora. Parte importante do seu pensamento se encontra em seus livros “Passos para uma ecologia da mente” (1972) e “Espírito e Natureza” (1970),. Antes de se tornar expoente da contracultura, nos anos 60, nas décadas de 20 e 30 ocupou-se de antropologia, em Bali, e ajudou a fundar a ciência cibernética. Especialista, também, em Teoria da Comunicação, uma das suas teses mais polêmicas, controvertidas e famosas é a que garante ser possível, ao homem, a comunicação direta e inteligente com qualquer animal, desde que consiga interpretar (e reproduzir) corretamente a sua “linguagem”.

Nos esquecemos, quase sempre, de que somos meras partes integrantes da natureza, e não seus senhores, como achamos, com soberania e arrogância. A cada espécie que destruirmos, mesmo que nos pareça inútil e dispensável, estaremos contribuindo para o desequilíbrio natural deste nosso restrito “mundico”.

Os recursos do Planeta não são infinitos, inesgotáveis, como equivocadamente pensamos. O próprio solo, por mais fértil que pareça ser, se exaure e perde a sua fertilidade em pouco tempo, caso não seja utilizado de forma moderada, equilibrada e racional. Sem se dar conta, o homem continua semeando desertos por onde passa. Até quando?!!! Só Deus sabe.

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